terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Crônica - Essa tal de criminalidade



Hoje pela manhã em um determinado momento do meu trabalho estávamos conversando sobre assuntos aleatórios quando de repente entrou em pauta o assunto da criminalidade; refletimos em conjunto, contaram diversas historias de parentes que sofreram diretamente com a criminalidade ou até mesmo historias próprias de terror vivido.

- Todas as pessoas deveriam ser honestas
Exclamou uma das pessoas que estava sentada a mesa.

Imaginei as dificuldades de uma pessoa que nasceu pobre materialmente falando, na base da pirâmide social, somando o tempo vivido, o lugar nascido e as condições impostas pelo sistema, não ter como estudar, não ter como relaxar, não ter como ler uma poesia. Eu não poderia exigir de uma pessoa como essa honestidade, ela não sabe o que é honestidade; o mundo foi profundamente desonesto com ela. Falo desses criminosos que não tem relevância, que levam meu celular e minha carteira.
As vezes parece que esses criminosos nos ofendem e nos incomodam muito mais que aqueles verdadeiros criminosos que nos roubam diariamente com impostos exorbitantes, desviando verba pública, roubando-nos a liberdade, a viajem da vida.

Talvez se direcionarmos o nosso olhar e as nossas criticas aos verdadeiros criminosos desse mundo, aqueles que são o mal maior, não existiria esses pequenos criminosos que são mais descarados, não usam gravatas e não são “gentis”.
Não quero com isso fundamentar e dizer que é correto o ato de cometer pequenos delitos, o que quero dizer é que nós possamos concentrar força nos grandes criminosos desse país que com seus crimes fazem brotar outros tantos criminosos.
Porém só pensei tudo isso, as pessoas tradicionais não entenderiam minha opinião então preferi poupa-la.



Wagner França